Muitas pessoas acreditam que após a perda de peso, o estômago reduz de tamanho, facilitando o bom resultado a longo prazo. Mas infelizmente, essa ideia não é verdade!
Essa crença de que perder peso leva a diminuição no tamanho do estômago e ele menor ajudaria a manter o peso perdido. Provavelmente vem do fato de que ao reduzir o consumo de alguns alimentos gordurosos, pode levar a uma intolerância inicial quando se come eles novamente.
Além disso, quando se está em dieta, a motivação pode levar a pessoa a contrabalançar a fome fisiológica com uma restrição cognitiva.
Mas, a grande verdade é que a fome é uma sensação fisiológica, regulada por uma região do cérebro chamada hipotálamo, assim variações no tamanho do estômago teria pouco ou nenhuma influência sobre ela.
Outro ponto, é que a tendência de recuperação de peso após perda é também biológica. Isso acontece, porque o hipotálamo quer retomar o peso perdido. Assim, a fome tende a aumentar, e um dos fatores para esse aumento é a queda nos níveis do hormônio leptina, produzido pela gordura perdida, e o gasto calórico diminuir a fim de retornar ao peso máximo.
Por isso, é fundamental compreender e tratar a obesidade não como algo episódico, mas sim como uma doença crônica!
Ref: Berthoud. Physiology of EI in the weight-reduced state. Obesity 2021
Profa. Dra. Lizanka Marinheiro, PhD, Md
Professora das Pós-graduações em Saúde da Mulher e em Pesquisa Clínica Aplicada à Saúde da Mulher
Coordenadora da Pós-Graduação em Endocrinologia Feminina e Chefe do Ambulatório de Endocrinologia Feminina
Instituto Nacional de Saúde Fernandes Figueira – FIOCRUZ