A gravidez é um período de muitas mudanças não só corporais, como hormonais para a mulher. Dentre todas as mudanças temos as variações dos hormônios tireoidianos.
A glândula tireoide produz hormônios que são essenciais para a saúde da mãe e do bebê. Durante a gravidez as necessidades de hormônios tireoidianos aumentam, pois a glândula passa a ser ainda mais exigida, visto a ter que manter o metabolismo da gestante e do bebê.
O desenvolvimento neurológico do feto se dá no início da gestação e para não haver prejuizos para o desenvolvimento do sistema nervoso, é importante que os níveis dos hormônios tireoidianos estejam adequados.
A tireoide do bebê só começa a ser formada de fato a partir da 20ª semana de gestação, e enquanto a tireoide dele não está completamente formada, o bebê fica dependente exclusivamente, dos hormônios tireoidianos da mãe.
Se durante a gravidez, houver alguma desregulação nos hormônios tireoidianos maternos pode haver sérios problemas de saúde, tanto para a mãe quanto para o feto. Dentre os riscos para a gestante temos o aumento da pressão arterial, abortos e partos prematuros. Para o bebê, podem ocorrer problemas mentais, déficit cognitivo e aparecimento de bócio.
É importante que desde o início da gravidez sejam dosados os hormônios tireoidianos maternos, e acompanhados durante a mesma, sendo esta portadora ou não de hipotireoidismo. Caso a mãe já use algum hormônio tireoidiano prévio, a dose tem que ser corretamente ajustada no decorrer da gravidez.
Lizanka Marinheiro, Md, Phd
Endocrinologista – Instituto Nacional de Saúde da Mulher, Criança e Adolescente
FIOCRUZ