Um estudo recente publicado na revista JAMA fez um levantamento sobre a utilização da terapia de biofosfonatos em mulheres na pós-menopausa com osteoporose, para avaliar seus riscos e benefícios e, principalmente, qual o tempo necessário para se obter um resultado positivo.
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O tratamento com biofosfonatos atua na prevenção de fraturas em mulheres na pós-menopausa que possuem osteoporose, condição responsável pela diminuição da massa óssea e consequente aumento de risco de fraturas, prejudicando a mobilidade e a qualidade de vida.
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O estudo em questão fez uma análise ensaios clínicos randomizados que analisaram o tema, e a conclusão afirma que o tempo médio para que o organismo se beneficie do tratamento com biofosfonatos e atue na prevenção de eventuais fraturas é de cerca de 12,4 meses.
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É preciso ter consciência de que esse tratamento, eficiente e que ajuda no tratamento da osteoporose, tem possibilidade de provocar reações a curto prazo: é comum que pacientes que estejam utilizando biofosfonatos administrados por via oral relatem reações gástricas e intestinais, como refluxo e irritação esofágica. No caso de tipos específicos de biofosfonato (alendronato e risedronato) especialistas aconselham ao paciente permanecer cerca de meia hora em pé para reduzir os efeitos colaterais.
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Há ainda os biofosfonatos administrados por via intravenosa, mas que também provocam efeitos colaterais: foram relatados casos de febre, dor de cabeça, mialgias (dores musculares) e mal estar. Os sintomas costumam durar, em média, de 1 a 3 dias.
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Por isso, é muito importante ouvir seu médico e considerar os benefícios e eventuais efeitos colaterais. No caso de mulheres com uma idade mais avançada, é preciso pesar se os benefícios a longo prazo serão beneficiais em contraposição aos efeitos colaterais imediatos. O estudo afirma que é essencial que o médico analise caso a caso e dose os riscos e benefícios, junto com o atendido.
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Dra. Lizanka Marinheiro – Endocrinologista, PhD, Instituto Fernandes Figueira (IFF/FIOCRUZ).
Fontes: https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/article-abstract/2786013