Se você convive com diabetes, sabe que é essencial medir e monitorar a glicemia. O modo tradicional utilizado para isso é o famoso teste de ponta de dedo, pelos glicosímetros. Com um pequeno furinho e uma gota de sangue é possível realizar a medição de forma super prática. Com o avanço da tecnologia, a medição de glicose se tornou ainda mais prática, e há pouco tempo surgiram aparelhos, os chamados sensores de glicose, que realizam a medição da glicemia sem furos, portanto, de forma indolor e sem sangue. No entanto, existem algumas diferenças que precisam ser apontadas e que impactam a forma como a leitura dos resultados de cada método de medição e monitoramento é interpretada.
Os glicosímetros, como sabemos, medem a glicose no sangue. Já os sensores de glicose medem a glicose presente no organismo no chamado líquido intersticial. A maior diferença é que a glicose costuma demorar mais para aparecer no interstício do que no sangue, e por conta disso já aconteceu de surgirem resultados bem diferentes na medição com cada um dos aparelhos.
Em alguns casos é inclusive recomendado que se meça, além de utilizar o sensor de glicose, também o glicosímetro: caso o que se esteja sentindo não seja condizente com o resultado do que foi apresentado no sensor, em casos onde exista risco de hipoglicemia ou em momentos onde os níveis de glicose estejam flutuando muito.
A diferença de valores ainda é bem alta: os glicosímetros costumam ser mais em conta do que os sensores de glicose. Mas a tecnologia promete. Avalie.
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Profª Drª Lizanka P. F. Marinheiro, Ph.D – médica endocrinologista e pesquisadora no IFF/FIOCRUZ