O câncer de mama é dos tipos de câncer mais comuns no Brasil, segundo o ministério da saúde, foram estimados mais de 60 mil novos casos só em 2022. Apesar de também atingir homens, são casos raros (menos de 1%), a maioria das pacientes são mulheres e esse é o tipo de câncer que causa mais mortes entre a população feminina, em 2020 foram mais de 17 mil vítimas, segundo o ministério da saúde.
O câncer de mama pode variar entre 7 tipos (Carcinoma Ductal in situ, Câncer de Mama Invasivo, Triplo Negativo, Inflamatório, Doença de Paget, Angiossarcoma e Tumor Filoide), alguns são mais comuns e outros mais raros, podem ser invasivos ou não, benignos ou agressivos, além de variarem em sintomas e no risco de reincidência. Quanto mais rápido for o diagnóstico maiores as chances de cura, as técnicas mais utilizadas para detectar e analisar o tumor são a mamografia, a ultrassonografia e a ressonância magnética.
Alguns fatores de risco podem ser responsáveis pelo surgimento dos tumores, como alterações genéticas hereditárias (principalmente envolvendo alterações nos genes BRCA1 e BRCA2), problemas hormonais ou reprodutivos (como primeira menstruação precoce, menopausa tardia, utilizar contraceptivos orais por tempo prolongado, utilizar terapia de reposição hormonal pós menopausa por tempo prolongado, entre outros). Há também fatores de risco associados ao estilo de vida, como obesidade e sobrepeso (principalmente após a menopausa), sedentarismo, uso abusivo de bebida alcoólica e exposição frequente a radiação ionizante (raios x, mamografia e tomografia).
A prevenção primária ao câncer de mama é o controle dos fatores de risco, através da promoção de práticas de prevenção e comportamentos adequados de saúde. Para os fatores de risco modificáveis é recomendável a adoção de alimentação saudável, prática de atividade física, controle da gordura corporal e do peso, evitar e reduzir o consumo de álcool. Fazer exames regulares e acompanhamento médico em caso de terapias hormonais ou uso de métodos contraceptivos. Para os fatores genéticos, a recomendação é realizar testes genéticos para avaliar a presença de mutações nos genes que estão associados aos riscos de desenvolver câncer.
A maior parte dos cânceres de mama são descobertos pelas próprias mulheres que percebem alterações em suas próprias mamas. Por isso é muito importante se conhecer, observar o próprio corpo e realizar o autoexame (observe seus seios no espelho, apalpe eles com as mãos no dia a dia, para conseguir perceber caso algo esteja diferente do normal). Caso algo pareça suspeito solicite ao seu médico o exame clínico das mamas. Mulheres acima de 50 anos devem realizar a mamografia a cada 2 anos.
Fontes:
- Ministério da Saúde: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/controle-do-cancer-de-mama/acoes/prevencao#:~:text=Como%20medidas%20que%20podem%20contribuir,%C3%A9%20tamb%C3%A9m%20um%20fator%20protetor.
- INCA: https://www.inca.gov.br/publicacoes/cartilhas/cancer-de-mama-vamos-falar-sobre-isso
- Hospital Albert Einstein: https://vidasaudavel.einstein.br/tipos-de-cancer-de-mama/
Vanessa Soares, MSc. Psicóloga.
Dra. Lizanka Marinheiro, Md, PhD. Médica endocrinologista e pesquisadora do IFF/FIOCRUZ.