Poucos minutos de atividade física podem retardar o envelhecimento cerebral em idosos

Um estudo americano mostrou que 75 minutos semanais de

exercícios aeróbicos melhoram as funções da

memória,cognição e raciocínio

 De acordo com o estudo, no que diz respeito à cognição, os idosos que realizaram 75 minutos de exercícios físicos semanais apresentaram a mesma melhora daqueles que realizaram 225 minutos
Um novo estudo, realizado por pesquisadores da Universidade do Kansas e publicado recentemente no periódico científico PLOS One, revelou que o cérebro já é beneficiado com muito pouca atividade física. Bastam 75 minutos por semana (a metade da recomendação atual) para retardar o envelhecimento cerebral.
 
O estudo – No experimento, os estudiosos recrutaram 101 adultos sedentários, com 65 anos ou mais, saudáveis e que não mostravam sintomas de demência nem de outras deficiências cognitivas. De acordo com os autores, a faixa etária foi determinada pelo fato de que a partir dessa idade costumam surgir os primeiros sinais de declínios de memória e raciocínio.
Inicialmente, os participantes passaram por diversos testes de memória, raciocínio e cognição. Em seguida, foram divididos aleatoriamente em quatro grupos.
O primeiro grupo teve de se exercitar durante 75 minutos por semana, o que corresponde à metade da recomendação atual (150 minutos semanais de atividade física aeróbica moderada). O segundo grupo exercitou-se durante 150 minutos por semana. O terceiro, 225 minutos no mesmo período.
Resultados – Após 26 semanas, todos os voluntários repetiram os testes cerebrais originais. Para a surpresa dos pesquisadores, a memória, a cognição e o raciocíonio tornaram-se melhores em todos os grupos — até mesmo naquele que exercitou menos. O estudo comprova, portanto, que “uma pequena dose de exercícios” já é suficiente para melhorar o cérebro em vários aspectos.
A relação entre a prática de atividade física e o cérebro estão no centro das atenções da neurociência. Uma das explicações dessa associação está no fato de os exercícios elevarem os níveis de oxigenação e do fluxo sanguíneo no corpo como um todo — incluindo o próprio cérebro. Os exercícios também estimulam a liberação de neurotransmissores. Cláudio Melibeu – UFRJ Doutorando IFF-FIOCRUZ