Todos nós já sabemos que a atividade física é uma importante aliada na melhoria da qualidade de vida e auxilia o metabolismo do nosso corpo. Mas um estudo recente lançou luz em um tópico que para mulheres que já passaram pela menopausa é muito importante: passar mais tempo em pé ou caminhando e menos tempo sentada em repouso aumenta a sensibilidade à insulina, reduzindo os riscos de desenvolver diabetes tipo 2, que está diretamente associada ao sedentarismo.
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O estudo, publicado na revista Diabetologia em setembro, analisou o estudo com 12 mulheres que estavam com sobrepeso. Através de uma análise do metabolismo e fisiológica do organismo, os pesquisadores propuseram três tipos de regime diferentes: um onde a pessoa fazia uma alimentação diferenciada, mas não praticava exercícios; outro onde a pessoa fazia uma hora de exercícios por dia, mas passava uma média de 13h sentada; e, por fim, um regime onde a pessoa ficava uma média de 4h em pé e caminhava cerca de 3h por dia.
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O resultado mostrou que o regime de exercícios e o regime de passar menos tempo sentada e mais tempo em pé melhorou a resistência à insulina, em comparação com o regime de passar quase o tempo inteiro em repouso. Isso se torna uma boa notícia por diversos fatores: os autores lembram que a adesão a uma rotina regular de atividades físicas costuma ser baixa em lugres como a Europa e nos Estados Unidos, e sabemos que aqui no Brasil a tendência se repete. E auxilia como uma alternativa de baixo impacto para diminuir a resistência à insulina.
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Os autores reforçam que são necessários novos estudos dentro do mesmo escopo para investigar e aprofundar ass questões relacionadas ao tema. Como o estudo realizado foi promovido em um intervalo curto de tempo (4 dias), é sugerido, por exemplo, que sejam realizados estudos a longo prazo, para uma análise maior dos efeitos de “ficar em pé” e caminhar no organismo.
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Dra Lizanka Marinheiro, PhD. Endocrinologista – IFF/FIOCRUZ.
Fontes: Remie, C.M.E., Janssens, G.E., Bilet, L. et al. Sitting less elicits metabolic responses similar to exercise and enhances insulin sensitivity in postmenopausal women. Diabetologia 64, 2817–2828 (2021). https://doi.org/10.1007/s00125-021-05558-5