Outubro rosa: quando e em quem rastrear o câncer de mama?

Estamos encerrando o Outubro Rosa; não devemos esquecer o cuidado com as mamas e com a saúde em mês nenhum, como também em gênero sexual nenhum. Leia a matéria da ginecologista Dra. Mariana Mendes sobre quando, a partir de que idade e em quem rastrear essa doença que afeta tanta gente no mundo!

Lizanka Marinheiro, Md, PhD.

O Outubro Rosa é um movimento internacional de conscientização para prevenção e controle do câncer de mama, ele foi criado na década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure. Anualmente, dedicamos o mês de outubro para compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença, contribuindo dessa forma para o diagnóstico precoce e redução da mortalidade.

Quem precisa fazer exame de rastreamento para câncer de mama?

A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) recomendam a mamografia anual para as mulheres a partir dos 40 anos de idade, visando ao diagnóstico precoce e a redução da mortalidade. Já o Ministério da Saúde recomenda o rastreamento bianual a partir dos 50 anos.

Não há indicação de rastreamento de câncer de mama para homens assintomáticos, pois o câncer de mama em homens é mais raro que em mulheres. Homens com aumento da mama ou com nódulos palpáveis devem procurar atendimento médico para avaliar a necessidade de exames complementares.

Em relação à população transexual, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) recomenda o rastreamento anual ou bianual com mamografia a partir dos 50 anos para mulheres transexuais que fazem tratamento hormonal por pelo menos 5 anos, já os homens transexuais que não foram submetidos a mastectomia devem seguir as recomendações para mulheres cisgênero.

Como podemos prevenir o câncer de mama?

Para prevenção do câncer de mama é importante manter hábitos saudáveis de vida, como alimentação balanceada, atividade física regular, redução do consumo de álcool, cessação do tabagismo, controles do diabetes e peso, além do acompanhamento médico regular.

Marianna Mendes 

Médica Ginecologista e Obstetra. Pós-graduanda de Endocrinologia do IFF.

Instagram: @mariannamendesginecologia