Estamos no mês do outubro rosa, mundialmente dedicado à prevenção e ao cuidado com o câncer de mama, patologia de alta prevalência no mundo.
Nada mais adequado que consultar seu ginecologista, se você não o fez ainda, este ano.
Paralelamente, temos altos índices de envelhecimento populacional, com estes, mais mulheres entrando no climatério e tendo sua menopausa (última menstruação), diga-se de passagem, mulheres com vida bem ativa profissionalmente, economicamente, sexualmente, além dos afazeres domésticos, e então… Chegam os sintomas da menopausa.
Com a chegada da menopausa, a qualidade de vida da mulher é bastante influenciada por sintomas como: redução da libido, alterações do sono, calores, ressecamento vaginal e da pele, ansiedade e depressão, só para citar alguns.
Nem sempre é fácil para a mulher, como falei anteriormente, ativa, lidar com suas demandas profissionais e pessoais nesta fase da vida, muitas vezes necessita de um cuidado multiprofissional, pois é neste período que infelizmente surgem mais doenças como a obesidade, sobrepeso, hipertensão arterial, diabetes, artrose e doenças cardiovasculares. As taxas de infarto agudo do miocárdio aumentam assustadoramente em mulheres na pós- menopausa.
A terapia hormonal com estrogênios é contraindicada para mulheres que tiveram câncer de mama e que tenham parentes de primeiro grau com câncer (além de outras contraindicações), claro que, antes de qualquer prescrição de reposição hormonal para sintomas menopausais, a mulher deve fazer um exame das mamas e uma mamografia digital, e se necessário for, uma ultrassonografia mamária, como uma boa anamnese e certos exames laboratoriais.
Mas, outras doenças das mamas com displasias mamárias, cistos simples, e certos tipos de nódulos, dependendo do histórico familiar da mulher, não contraindica a terapia hormonal no climatério, e isso fica confuso para muitas mulheres e até para muitos médicos.
O câncer de mama é multifatorial, e não só tem como causa, a hormonal, inclusive havendo tipos de tumores que nem são hormônios dependentes.
O importante é você fazer sua consulta anual e consultar seu especialista que entenda de terapia hormonal no climatério com todas as suas nuances e cuidados.
Procure saúde e informações baseadas em evidências científicas.
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Profª. Drª. Lizanka Marinheiro, PhD. Médica endocrinologista e pesquisadora no IFF/FIOCRUZ.
