OSTEOPOROSE: O silêncio perigoso

osteoporose

osteoporoseA osteoporose é uma doença que acomete os ossos, tornando-os porosos e frágeis, suscetíveis a fratura. Embora sua ocorrência seja maior no sexo feminino, ela atinge ambos os sexos e se torna mais freqüente com o envelhecimento. A densidade mineral óssea começa a decair progressivamente, a partir dos 35 anos, com uma velocidade de perda mais acentuada nas mulheres, principalmente após a menopausa. Outros fatores, além do sexo feminino, são considerados de maior risco para o desenvolvimento da osteoporose como história familiar, raça branca, magreza, sedentarismo, tabagismo e uso de medicamentos (corticosteróides e anticonvulsivantes).

A doença progride lentamente e na maioria das vezes não apresenta sintomas, exceto quando ocorre uma lesão mais grave, por isso é considerada pela Organização Mundial da Saúde como a “Epidemia silenciosa do século”. Quando o diagnóstico não é feito precocemente, a osteoporose é percebida apenas quando ocorre um evento de maior gravidade como uma queda inesperada devido a fratura do colo do fêmur ou uma dor aguda na coluna secundária a fratura de uma vértebra.  As fraturas são mais freqüentes no fêmur (osso da coxa), coluna e ante-braço e podem cursar com sintomas que variam desde dor crônica, diminuição da estatura até deformidades na coluna (corcunda). A fratura de fêmur é a consequência mais dramática da osteoporose causando imobilidade e dependência familiar. Cerca de 15% a 20% dos pacientes com fratura de quadril morrem devido à fratura ou suas complicações.

O diagnóstico da osteoporose é fácil e realizado através do exame de densitometria óssea, um método moderno, de alta sensibilidade e com mínima exposição radioativa. Já o tratamento, pode reduzir drasticamente o risco de fraturas e engloba além do tratamento medicamentoso, medidas gerais como ingesta adequada de cálcio e vitamina D; atividade física, corretamente orientada; exposição solar; o fim do etilismo e tabagismo e adoção de medidas simples para evitar quedas, tais como retirar tapetes, disposição adequada de móveis e evitar o uso indiscriminado de tranquilizantes. É de suma importância o acompanhamento médico e tratamento adequado para que se morra “com” a doença ao invés de morrer “da” doença.

 

Dra Renata Morato
Ginecologista e Obstetra
renata.morato@yahoo.com