Como já falamos anteriormente, aconteceu esta semana no Tenesse, EUA, a semana de obesidade, a Obesity Week, onde trabalhos dos maiores especialistas do mundo foram apresentados sobre o tema.
Um cujo resultado podemos fazer inferência direta para países como o Brasil, é o da pesquisadora Stephanie Bonn PhD, professora assistente e epidemiologista nutricional no departamento de medicina do Instituto Karolinska, em Estocolmo.
Adultos com diabetes tipo 2 que vivem em áreas economicamente mais pobres são mais propensos a ter IMC (índice de massa corpórea) e HbA1c (hemoglobina glicosilada) mais altos que adultos semelhantes vivendo em uma área de maior nível socioeconômico; já a circunferência da cintura não foi associada a fatores econômicos, de acordo com dados do estudo apresentado pela pesquisadora .
“É preciso mais apoio para um melhor auto-cuidado voltado para os pacientes com diabetes tipo 2 que vivem em áreas mais pobres. Nossos resultados mostraram que pacientes com diabetes tipo 2 de uma área com menor nível socioeconômico eram mais jovens, tinham um IMC mais alto e níveis mais altos de HbA1c em comparação com pacientes da área com maior nível socioeconômico”, disse a pesquisadora.
Na mesma semana outros estudos mostraram mais uma vez que a obesidade gera um maior risco de doenças cardiovasculares.
“Os médicos e outros profissionais de saúde que trabalham em áreas socioeconômicas mais pobres devem estar cientes de que os pacientes com diabetes tipo 2 precisam de um maior apoio para o autocuidado e conhecimento da doença nas consultas e entre as visitas domiciliares e em cuidados primários de saúde”, disse Bonn.
Reference:
Bonn SE. T-P-3114. Presented at: ObesityWeek 2018; Nov. 11-15, 2018; Nashville, Tenn.
For more information:
Stephanie Bonn, PhD, can be reached at the Karolinska Institute, Department of Medicine, Solna, SE-171 76 Stockholm; email: stephanie.bonn@ki.se.
Lizanka Marinheiro -Md, PhD Fiocruz