A lorcaserina foi aprovada para o tratamento da obesidade no Brasil, que vem agora oficialmente juntamente com a sibutramina, o orlistate e a liraglutida, como medicações aprovadas para o tratamento da obesidade.
Desta vez a ANVISA vem seguindo a tendência mundial de considerar a obesidade como uma doença complexa, crônica e recorrente, necessitando de um bom arsenal terapêutico para seu controle, a exemplo de outras doenças, que quanto mais opções dispusermos no mercado, maiores chances de acharmos a melhor medicação para cada paciente, individualmente embora a própria ANVISA tenha, recentemente, mantido grandes dificuldades para a comercialização de algumas outras medicações no país, como a fentermina, um remédio antigo e de longe o mais vendido nos EUA, onde décadas de comercialização ajudaram a delinear um perfil seguro para ela, como alguns estudos clínicos já demonstraram.
Como nenhuma outra medicação para obesidade, a lorcaserina, não uma “pílula mágica”. A resposta média de perda de peso com a medicação é cerca de 4 kgs e 50% dos pacientes perde em torno de menos de 5% do peso, 22% perdem menos 10% do peso ; isto são resultados para os ditos “bons respondedores”, para os quais a medicação poderá ser muito boa. Mais estudos serão necessários para saber se essa é uma boa medicação para ser usada em combinação com outras; por outro lado, ela será uma opção para pacientes que não podem usar a sibutramina, por exemplo, por serem hipertensos, ou poderem desenvolver pressão arterial, por exemplo.
Finalizando, devemos estar abertos as novas opções terapêuticas mas devemos sempre lembrar as limitações de cada medicação e saber escolhê-la de acordo com a indicação e necessidade da cada paciente. Tudo com indicação e consulta médica.