EMAGRECER- ATÉ QUANDO?

Amagrecer
Amagrecer
Imagem: m_bartosch

Hoje vivemos em uma sociedade lipofóbica, onde ser gordo é quase um “crime” e a incessante busca por um corpo magro pode se tornar, em alguns casos,uma obsessão . Notamos então um limite tênue em  ter uma relação amistosa com o próprio corpo, a busca da boa forma física e o adoecer,  visando  uma perfeição idealizada.  Para algumas pessoas, esses cuidados  podem se tornar excessivos, colocando o sujeito e seu corpo em situações extremas que podem levar a  comportamentos compulsivos  e por fim, doenças graves que envolvem , inclusive, risco de vida.

Falamos aqui de dois extremos. Os cuidados diários com a  saúde e bem estar e o limite,  em determinadas pessoas,  que ultrapassam o saudável e viram comportamentos obsessivos.

A definição de um padrão estético  varia muito de acordo com a cultura, a época em questão e acima de tudo,com a imagem  que o sujeito constrói de si próprio. Esta construção se dá tanto a fatores externos, assim como a fatores subjetivos, carregados de afetos e  das relações que temos com nosso meio.

O que levaria então, em alguns casos, a uma distorção da  imagem corporal , muitas vezes tão severa , podendo até  levar o sujeito a desenvolver doenças  graves, hoje conhecidas como transtornos alimentares? Aonde os cuidados e a preocupação com a forma física podem se transformar em doença?

Essas, entre muitas outras, são  questões ligadas a como nos relacionamos com nosso  corpo e os riscos que nos colocamos na busca incessante por ser magro . Aonde deixamos de ter uma relação saudável com nosso corpo e adoecemos em busca de uma “perfeição”?

Estas e outras questões discutiremos aqui neste espaço.

 

Bettina Kligerman
Psicanalista
bettina.kligerman@gmail.com