Efpeglenatida e diabetes tipo 2: descobertas e riscos

A epfglenatida é um agonista, ou seja, uma substância que, ligada a um receptor celular, favorece uma resposta biológica específica. É um fármaco analisado no estudo AMPLITUDE-O, apresentado no Congresso da American Diabetes Association de 2021. De acordo com o estudo, a  epfglenatida foi analisada em comparação a um placebo em mais de 4000 pacientes com diabetes tipo 2, para verificar sua ação na proteção de eventos cardiovasculares.

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Nos pacientes analisados que receberam uma injeção semanal da medicação, percebeu-se que houve uma proteção do sistema cardiovascular e que ela parece também atuar como uma proteção renal. Parece ser uma forma de auxiliar o tratamento de pessoas com diabetes tipo 2 e complicações renais e cardiovasculares.

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No entanto, em um outro estudo, pesquisadores apontaram que o AMPLITUDE-O excluiu pessoas com doença retinal crônica, e que em seus resultados ocorreram cerca de oito eventos adversos graves relacionados à retina. Mesmo o número sendo baixo, os pesquisadores alertam que em um cenário mundial a porcentagem de problemas retinais pode ser maior. É preciso haver uma maior investigação nesse sentido para garantir uma maior segurança.

Dra. Lizanka Marinheiro, PhD – Endocrinologista – Instituto Fernandes Figueira (IFF/FIOCRUZ)

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Fontes:

https://pebmed.com.br/ada-2021-amplitude-o-efpeglenatida-reduz-desfechos-cardiovasculares-e-renais/

https://anestesiologia.paginas.ufsc.br/files/2015/02/Farmacodinamica-texto.pdf 

https://www.anad.org.br/amplitude-o-beneficios-da-efpeglenatida-no-diabetes-de-alto-risco/