DIETA E ENVELHECIMENTO: COMER (MENOS) PARA VIVER (MAIS)

chines prov  A restrição calórica é uma das formas de intervenção nutricional mais amplamente discutidas para se estender o tempo de vida. Em 2010, foram enunciadas as primeiras definições para restrição calórica, sendo inicialmente de 20 a 40%. Definições mais recentes sugerem que a redução entre 16 a 25% de calorias na dieta parece diminuir o risco de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. É importante ressaltar que estamos falando de redução de calorias e NÃO de restrição de nutrientes.

Alguns minerais como zinco, cromo, selênio, molibdênio, cobre, entre outros, aparecem no organismo em quantidade mínima, mas indispensável. Assim, a redução de grupos de alimentos que afetem estes oligoelementos pode trazer sérias consequências à saúde. Por isso a importância do acompanhamento nutricional/médico. No entanto, o efeito da restrição calórica na longevidade ainda não está bem estabelecido e mais estudos são necessários para que os mecanismos celulares e moleculares responsáveis pelos efeitos terapêuticos da restrição calórica sejam identificados. Além disso, é necessário diferenciar os efeitos benéficos da restrição calórica daqueles relacionados a hábitos alimentares e de vida saudáveis.

O envelhecimento está intimamente ligado ao excesso de radicais livres no corpo. Ter bons hábitos alimentares, escolher os alimentos certos e ser uma pessoa ativa são alguns dos segredos para o rejuvenescimento e a longevidade. Pessoas que comem mal, são sedentárias e vivem estressadas envelhecem muito mais rápido. Mas, de que forma a alimentação pode contribuir? Devemos recorrer aos antioxidantes que são substâncias com capacidade de inibir a oxidação causada pelos radicais livres. Conheça alguns deles e suas fontes alimentares:

• Resveratrol: as principais fontes são vinho tinto, suco de uva e uva. No entanto, também é encontrado na amora, pitanga (frutas vermelhas = berries), além de ter teores significativos em amendoim, castanhas e sementes oleaginosas.

• Kaempferol: é um dos importantes componentes da famosa dieta do Mediterrâneo, famosa por proporcionar mais saúde cardiovascular e menor incidência de câncer. A principal fonte é a alcaparra, mas também está presente na cebolinha, couve e agrião.

  • Fisetina: é considerado um dos mais potentes ativadores das sirtuínas, enzimas responsáveis pelos efeitos benéficos da restrição calórica. Estudos tambémmostram que esse flavanóide inibe metástases cancerígenas. As principais fontes são louro, caqui e pepino, mas essa substância também está presente no alecrim, manjericão, sálvia, morango, tomate, cebola, maçã, pêssego e kiwi.
  • Beta-caroteno: pertence ao grupo dos carotenóides. Também é conhecido como pró-vitamina A. Encontrado na cenoura, manga, caqui, abóbora, agrião, brócolis, couve, espinafre, entre outros.
  • Licopeno: assim como o beta-caroteno, pertence ao grupo dos carotenóides. Encontrado no tomate e seus derivados, principalmente no molho de tomate, além de goiaba, melancia, mamão e beterraba.
  • Vitamina C: o ácido ascórbico é um potente antioxidante. Encontrado na laranja, acerola, morango, pimentão, goiaba.
  • Vitamina E: também conhecida como tocoferol, tem sido estudada sobre os seus efeitos na prevenção de doenças crônicas, como diabetes, doenças cardiovasculares e câncer. Encontrada em óleos vegetais, gérmen de trigo, nozes e vegetais de folha verde.Dessa forma, além de ter hábitos alimentares mais saudáveis, beba bastante água; pratique atividade física diariamente; durma o suficiente para descansar o corpo e a mente; ria mais e leve uma vida mais tranquila para ajudar também sua saúde mental. Ter saúde envolve mudanças no estilo de vida e hábitos do dia a dia e isso depende somente de você. Siga as nossas dicas e tenha muitos anos com saúde pela frente. Comece agora a viver melhor!

 

  • Danyelle de Almeida Ventura
    Nutricionista
    Mestre em Ciências pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/FIOCRUZ)