Este trabalho foi objeto de uma tese de mestrado por nós orientada da Dra. Eneida Gonçaves, uroginecologista, chefe do setor de uro-ginecologia do Instituto Fernandes Figueira – FIOCRUZ, e publicada em janeiro último na Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia -RBGO. O site da SANOFI AVENTIS, MEDICAL SERVICES, que seleciona e publica semanalmente os melhores artigos de todas as especialidades médicas publicados em todos os periódicos indexados do mundo, para nossa surpresa e prazer selecionou e publicou o nosso. O artigo, é também da epidemiologista do IFF, Dra. Kátia Silveira. Abaixo o resumo Objetivo: Descrever As Disfunções Do Trato Urinário Inferior E As Características Demográficas E Clínicas De Mulheres Com Queixas Urinárias, Estimando A Prevalência De Diabetes Melito E De Alterações Urodinâmicas Nestas Mulheres.
Métodos: Estudo observacional, transversal, retrospectivo, com análise de 578 prontuários. As prevalências de diabetes melito e de cada diagnóstico urodinâmico nas pacientes com disfunções do trato urinário inferior foram estimadas, com seus respectivos intervalos de confiança de 95%. Foram calculadas as razões de prevalência das alterações urodinâmicas segundo o diagnóstico de diabetes.
Resultados: Setenta e sete pacientes (13,3%) eram diabéticas e a maioria (96,1%) tinha diabetes tipo 2. O diagnóstico urodinâmico mais frequente nas pacientes diabéticas foi o de incontinência urinária de esforço (39%), seguido de hiperatividade do detrusor (23,4%). A prevalência de urodinâmica alterada foi associada à de diabetes melito (RP=1,31; IC95%=1,17-1,48). As alterações de contratilidade do detrusor (hiper ou hipoatividade) estiveram presentes em 42,8% das pacientes diabéticas e em 31,5% das não diabéticas.
Conclusões: As mulheres diabéticas apresentaram maior prevalência de alterações urodinâmicas do que as não diabéticas. Não houve associação entre o diabetes e as alterações de contratilidade do detrusor (p=0,80).
Diabetes melitus como fator associado às disfunções do trato urinário inferior em mulheres atendidas em serviço de referência – Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia; [online]. 2011, vol.33, n.12, pp. 414-420
Prof.Dra.Lizanka Marinheiro Endocrinoloigista – Instituto Fernandes Figueira |
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