O movimento conhecido como Outubro Rosa nasceu nos Estados Unidos, na década de 1990, para estimular a participação da população no controle do câncer de mama. A data é celebrada anualmente com o objetivo de promover a conscientização sobre a doença e compartilhar informações sobre o câncer de mama. Desde 2010 o governo brasileiro, por meio do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), passou a integrar essa mobilização. O câncer de mama é uma doença resultante da multiplicação de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns se desenvolvem rapidamente e outros não. A maioria dos casos tem boa resposta ao tratamento, principalmente quando diagnosticado e tratado no início. O câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos, e representa cerca de 25% de todos os tipos de câncer diagnosticados nas mulheres. Este é câncer mais comum entre as brasileiras, com exceção do câncer de pele não melanoma. Para o Brasil, em 2015, são esperados 57.120 casos novos de câncer de mama, com um risco estimado de 56,09 casos a cada 100 mil mulheres. O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular, mas há tumores que são de consistência branda, globosos e bem definidos. Outros sinais de câncer de mama são edema cutâneo semelhante à casca de laranja; retração cutânea; dor, inversão do mamilo, hiperemia, descamação ou ulceração do mamilo; e secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea. A secreção associada ao câncer geralmente é transparente, podendo ser rosada ou avermelhada devido à presença de glóbulos vermelhos. Podem também surgir linfonodos palpáveis na axila. Não há uma causa única para o câncer de mama. Diversos fatores estão relacionados ao câncer de mama:
- Fatores ambientais 1. Obesidade, principalmente após a menopausa; 2. Sedentarismo (não fazer exercícios); 3. Sobrepeso; 4. Consumo de bebida alcoólica; 5. Exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X).
- Fatores hormonais 1. Primeira menstruação (menarca) antes de 12 anos; 2. Não ter tido filhos; 3. Primeira gravidez após os 30 anos; 4. Não ter amamentado; 5. Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos; 6. Ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de 5 anos.
- Fatores genéticos 1. História familiar de câncer de mama e ovário, principalmente em parentes de primeiro grau antes dos 50 anos; 2. Alteração genética; 3. A mulher que possui um desses fatores genéticos tem risco elevado para câncer de mama.
Lembrando que a presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que a mulher terá necessariamente a doença. A prática de atividade física, alimentação saudável com a manutenção do peso corporal e o controle do consumo de bebidas alcoólicas, estão associados a um menor risco de desenvolver a doença: cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados quando são adotados esses hábitos. A amamentação também é considerada um fator de proteção. É importante que as mulheres, independentemente da idade, conheçam seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. Ao identificarem alterações suspeitas, devem procurar imediatamente um serviço de saúde para avaliação profissional. Além de estar atenta ao próprio corpo, também é recomendado que a mulher faça exames de rotina de acordo com a sua idade. Esses exames podem ajudar a identificar o câncer antes de a pessoa ter sintomas. No Brasil, as orientações para detecção precoce do câncer de mama são:
- Mulheres de 40 a 49 anos: realizar o exame clínico das mamas anualmente. O exame clínico das mamas é a observação e palpação das mamas por um médico ou enfermeiro;
- Mulheres de 50 a 69 anos: realizar exame clínico das mamas anualmente e mamografia a cada dois anos. A mamografia é uma radiografia das mamas, realizada por um equipamento de raios X chamado mamógrafo, capaz de visualizar alterações suspeitas.
Um em cada três casos de câncer pode ser curado se for descoberto logo no início. Por isso, é preciso desfazer crenças sobre o câncer, para que a doença deixe de ser vista como uma sentença de morte ou um mal incurável e inevitável. Alguns tipos de câncer, entre eles o de mama, apresentam sintomas e sinais em suas fases iniciais. Descobertos cedo podem ser tratados a tempo. A detecção precoce ajuda a reduzir a mortalidade e traz melhores resultados no tratamento de alguns tipos de câncer.
A INFORMAÇÃO PODE SALVAR VIDAS!!!
FONTES:
http://www2.inca.gov.br/
http://www.blog.saude.gov.br/
Danyelle Ventura Nutricionista Mestre em Ciências na área de concentração da saúde da criança e da mulher pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/FIOCRUZ)