Viva os amantes do café!
O JAMA Internal Medicine esta semana está servindo de motivo para os bebedores de café se sentirem bem com o ser hábito. Em um grande estudo prospectivo, os pesquisadores descobriram que mesmo aqueles que ingerem grande quantidades de café por dia, tendem a viver um pouco mais do que os que não bebem. Este achado inclui pessoas que bebem até oito xícaras por dia.
O estudo mostou um risco 16% menor de morte nos consumidores de café. Além disso, a cafeína não pareceu ser um grande problema. Por se tratar de um grande estudo prospectivo,o tamanho da amostra é um ponto forte deste estudo. Pesquisadores estudaram prospectivamente quase meio milhão de indivíduos no Biobanco do Reino Unido. Os dados continham uma ampla gama de consumo de café auto-relatado em muitas formas diferentes. Eles também tinham dados sobre perfis genéticos relevantes para o metabolismo da cafeína. Esses dados são consistentes com estudos anteriores que mostraram que as pessoas que tomam café tendem a viver um pouco mais. Mas eles vão um pouco além. Estudos anteriores cobriam apenas o consumo moderado de café. Além desses estudos anteriores, este traz uma perspectiva sobre os bebedores de café mais encorpados. Correlação, não causalidade apesar do grande conjunto de dados, ainda devemos lembrar que este estudo é observacional.
Os autores especulam que as substâncias ativas no café – além da cafeína – poderiam explicar a menor mortalidade dos usuários de café. No entanto, é importante lembrar que tomar café é um ritual prazeroso. Tantos fatores entram em jogo com essa observação, que servem de fatores de confundimento.
Mas, o que seria mais diferente sobre os bebedores de café? Por mais que os pesquisadores tentem inferir a outros fatores, 100% de certeza não é possível.
E assim, ficamos, pelo menos poder simplesmente dizer como pano de fundo simples que, tomar café é OK para sua saúde.
JAMA Intern Med. Publicado online em 2 de julho de 2018. doi: 10.1001 / jamainternmed.2018.2425
Lizanka Marinheiro, PhD, Md
Endocrinologista
Instituto Nacional de Saúde Fernandes Figueira
FIOCRUZ