O hábito de um drink ao final do dia para relaxar em casa ou com amigos no final do expediente, ou apenas o velho hábito de beber “socialmente” aos finais de semana é contraindicado para quem procura um bom desempenho, – não só na corrida, mas em todo esporte. Às vezes, uma simples taça de vinho pode estragar o planejamento de vários dias de treino e dieta.
O álcool funciona como um relaxante muscular de ação central, podendo provocar uma perda de força durante dias, por isso não é benéfico aos atletas amadores ou profissionais. Além disso, a sua absorção produz aldeído, que é extremamente tóxico para o tecido neurológico, diminuindo o limiar de esforço – ou seja, ele deixa o corredor mais susceptível à fadiga e cansaço.
As bebidas alcoólicas aumentam o nível de insulina na corrente sanguínea, causando ganho de peso e ansiedade. A insulina é hiperorexígena e aumenta a fome fazendo com que a se coma mais. No caso de indivíduos hiperinsulinêmicos, a energia produzida é reservada sob forma de gordura, dessa forma aumentando o peso .
Muito se fala que que a bebida destilada é menos prejudicial à saúde. Isso não é verdade! Ela também prejudica quem faz atividade física. Os destilados possuem uma grande concentração de álcool. A cerveja, fermentada, também tem uma grande concentração de álcool e de carboidrato.O vinho é a bebida que tem menor teor alcoólico, embora também também sofra fermentação. Ou seja, toda e qualquer bebida alcoólica, além de prejudicar enormemente o desempenho dos treinos, engorda, quanto maior quantidade for ingerida independente de seu tipo, destilada ou fermentada, o que está em jogo é o tamanho do copo!
Lizanka Marinheiro
Endocrinologista