A tireoide, é uma das mais importantes glândulas endócrinas do nosso corpo, segue os comandos da hipófise, glândula que participa da regulação de outras secretando hormônios, e atuando em todo o organismo, dentre eles o TSH, responsável pelo funcionamento da mesma. Esta por sua vez, fabrica os hormônios T3 e T4, que regulam o metabolismo e atuam em órgãos alvo como o coração e rins.
Quando a tireoide está trabalhando em um ritmo lento, há um quadro de HIPOTIREOIDISMO e todo o corpo sente.
O Hipotireoidismo é a desordem tireoidiana mais comum e afeta os dois sexos e todas as idades, podendo ser sintomático ou subclínico.
Com o metabolismo lento devido à carência dos hormônios, podem surgir sintomas como o aumento de peso, cansaço excessivo, constipação intestinal, retenção de líquidos, unhas quebradiças, queda de cabelo e depressão, entre outros, ou conjuntamente, ou de forma isolada, constituindo desta forma o quadro clínico da doença.
Sabendo que nossas células representam a menor fração do corpo e são dependentes de nutrientes, as células da tireoide possuem uma necessidade maior principalmente em relação ao iodo, zinco e selênio. Uma outra leva de nutrientes também necessários são as vitaminas A, B2, B6 e B12 e o mineral ferro.
As características de uma alimentação que dão suporte a esse sistema endócrino incluem em seu cardápio alimentos como algas marinhas ( Agar-agar, Chlorella, Spirulina), peixes de águas salgadas ( salmão, sardinha, cavalinha, arenque), óleo de linhaça, por serem ótima fonte de ômega 3 e 6, ovos e oleaginosas ( castanha do pará, amêndoas, avelâ, macadâmia). Esse grupo de alimentos é fonte de nutrientes que participam como matéria prima na formação do hormônio T4 e da conversão deste em sua forma ativa T3. Já o sal, ao contrário do que se pensa, possui baixa biodisponibilidade de iodo devido a alta concentração de cloro que compete por sítios de absorção.
Com a redução do metabolismo e consequentemente o aumento de peso, priorizar o consumo de fibras no plano alimentar do paciente se torna fundamental. As fibras irão auxiliar no controle de peso, da glicemia e em casos de constipação intestinal. Os cereais integrais, frutas, verduras frescas, legumes e sementes, fazem parte desse grupo.
Alimentos ricos em flavonóides como frutas vermelhas, uva, frutas cítricas, chá verde, devem fazer parte da rotina alimentar saudável, pois estão relacionados especialmente com a saúde feminina. Possuem ação antioxidante, importante para a renovação celular, propriedades anti-inflamatórias e antitumorais.
Incluir pequenas refeições ao longo do dia ( 5-6 refeições) ajudará a equilibrar o metabolismo lento e associar a prática de atividade física no plano alimentar individualizado, é extremamente importante no tratamento.
Além de direcionar os fatores alimentares, outras estratégias podem ajudar no equilíbrio da tireoide, como exposição solar adequada, água de qualidade, regulação do ciclo biológico de sono, relaxamento ativo, movimento, relacionamento e propósito. A glândula precisa de órgãos como o fígado e intestinos íntegros para garantir seu adequado funcionamento, pois são órgãos responsáveis pela destoxificação.
Sendo assim, procure um profissional capacitado para direcionar suas individualidades bioquímicas através de uma alimentação equilibrada, pois a grande fonte do bem estar está no estilo de vida saudável!!!!!!!
Alessandra Scutellaro
Nutricionista clínica
alessandrascutellaro@oi.com.br