Como vocês sabem há muito oriento vários alunos no Instituto Fernandes Figueira que é um Instituto Nacional de Saúde da Mulher, Criança e Adolescente, unidade da FIOCRUZ. Em fevereiro último, a Professora Cristina Wigg da UFRJ, defendeu seu doutorado sobre um tema que tem muita relação com o que estamos vivendo no momento. Depressão e outros sintomas relacionados à saúde mental no climatério. Um dos produtos da sua tese foi esta cartilha que compartilho com vocês. Minha linha de pesquisa é a “Saúde da mulher e as suas principais comorbidades no climatério visando um envelhecimento saudável”. Já quando eu própria não tinha entrado na menopausa, me preocupava com o envelhecimento das mulheres, num hospital de referência do SUS, que cuida da saúde da mulher.
São muitos os temas, as vertentes de pensamento, as fases de vida da mulher, as doenças que acometem essa mulher.
É HUMANAMENTE impossível dar conta de tudo, de todos os saberes, de toda assistência. Mas que nunca é preciso focar. Mas não podemos deixar de ver a saúde do ser humano, independente de gênero como um todo, com humanidade. Esperamos neste momento em que tanto precisamos entender o COVID-19, e suas repercussões agora e pós-pandemia, também na saúde mental das pessoas, que esta cartilha, possa, ainda que de uma forma singela, ajudar quem a lê.
Meu agradecimento à toda equipe que trabalhou junto, ao nosso diretor Fabio Russomano que com a equipe de comunicação do IFF que tornou possível a publicação da mesma nas redes. Como diz nossa colega Margareth Dalcolmo, “…pouco, é melhor que nada”.
Cartilha orienta sobre como lidar com sintomas neuropsíquicos do climatério
O climatério é o período de transição em que a mulher passa da fase reprodutiva para a fase de pós-menopausa. Ele compreende quatro fases: a pré-menopausa, perimenopausa, menopausa e pós-menopausa. A perimenopausa caracteriza-se pela irregularidade do ciclo menstrual que precede o fim definitivo da menstruação, a menopausa. Essa última é reconhecida após passados 12 meses do último ciclo menstrual, e ocorre, mais frequentemente, em mulheres na faixa etária entre os 40 e 55 anos.
Elaborada por Cristina Maria Duarte Wigg, professora do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher do IFF/Fiocruz, a cartilha “Aprendendo a lidar com a depressão e outros sintomas neuropsíquicos no climatério” trata da relação entre a sintomatologia que envolve o climatério – tanto os sintomas físicos quanto os neuropsíquicos – e o contexto social em que vivem as mulheres enquanto atravessam esse processo. As variáveis identificadas com o climatério e destacadas no estudo foram, além da depressão, a ansiedade, estresse, ideação suicida e insônia.
A pesquisa que deu origem à cartilha foi realizada com as pacientes do Ambulatório de Endocrinologia Feminina do IFF/Fiocruz, chefiado por Lizanka Marinheiro, e faz parte do projeto “Envelhecimento da mulher: estudo das comorbidades de maior prevalência da mulher na pós-menopausa visando um envelhecimento com melhor qualidade de vida”, idealizado pela endocrinologista. Os estudos realizados no âmbito do projeto demonstram a necessidade de que instituições e profissionais de saúde compreendam as mulheres climatéricas de forma integral, contemplando a articulação de aspectos psicológicos, sociais e biológicos.
Acesse a cartilha “Aprendendo a lidar com a depressão e outros sintomas neuropsíquicos no climatério” no site do IFF/Fiocruz:
http://www.iff.fiocruz.br/index.php/8-noticias/668-menopausa
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