DROGA EXPERIMENTAL: UMA NOVA PROMESSA NA REDUÇÃO DO COLESTEROL E RISCO DE ATAQUE CARDÍACO
A adição de uma nova droga biológica experimental a drogas convencionais redutoras de colesterol pode resultar em um melhor controle do colesterol e redução dos riscos de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral, de acordo com um novo estudo.
Esta nova droga não se destina a substituir as estatinas que são à base da terapia. É um medicamento adicional para os pacientes que não estão recebendo o controle adequado de seu colesterol com estatina isoladamente. A nova droga bloqueia uma proteína que reduz a capacidade do fígado para remover LDL – ou o chamado colesterol “ruim”.
Um grupo de 4.465 pacientes já havia concluído um dos 12 ensaios de fase II ou III para avaliar a droga. A esses pacientes foi oferecida a oportunidade de participar de uma prorrogação por um ano. Os pesquisadores designaram aleatoriamente os pacientes para um tratamento padrão (geralmente com medicamentos para baixar o colesterol, conhecidos como estatinas) ou ao tratamento padrão mais a nova droga (injetada sob a pele a cada duas ou quatro semanas).
Em comparação com pacientes em terapia convencional, aqueles que também usavam a droga experimental tinham metade da probabilidade de morrer, sofrer um ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral ou estar no hospital para ter um procedimento para abrir artérias bloqueadas durante um ano de acompanhamento.
Os pacientes que receberam tratamento combinado reduziram o colesterol ruim por cerca de 70 miligramas por decilitro de sangue, até cerca de 48 miligramas por decilitro. Alguns especialistas aconselham aqueles com alto risco em manter seu colesterol LDL abaixo de 70.
“A terapia combinada basicamente diminuiu pela metade a taxa de eventos cardiovasculares”, disse Sabatine, médico sênior em medicina cardiovascular no Hospital Brigham and Women, em Boston. E acrescentou: “É uma redução de risco muito impressionante”. Os resultados foram publicados no New England Journal of Medicine. O estudo foi financiado pelo fabricante da droga, Amgen.
No entanto, especialistas fizeram uma ressalva sobre o novo estudo. Enquanto os pacientes da terapia de combinação tinham metade do risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral em relação aqueles em terapia padrão com estatina, a diferença entre os dois grupos foi pequena – apenas cerca de 1% por cento. Além disso, o número total de “eventos” (ataque cardíaco e acidente vascular cerebral e procedimentos) foi de apenas 60.
SOURCES: March 15, 2015, presentations, American College of Cardiology annual meeting, San Diego; March 15, 2015, New England Journal of Medicine; Marc Sabatine, M.D., senior physician, cardiovascular medicine, Brigham and Women’s Hospital, Boston; Gregg Fonarow, M.D., professor of cardiology, University of California, Los Angeles.
Danyelle de Almeida Ventura
Nutricionista
Mestre em Ciências da Saúde – IFF/FIOCRUZ
Lizanka Marinheiro
Prof. das Pós-Graduações em Pesquisa Clínica Aplicada à Saúde da Mulher e da Criança, e em Saúde da Mulher e da Criança
IFF- FIOCRUZ